Mesmo alcançando uma pequena porcentagem dentro das corporações, a presença feminina no policiamento não passa despercebida
O principal fator para a participação
feminina na polícia militar no Brasil partiu de uma tese apresentada por Hilda
de Macedo – então assistente da cadeira de Criminologia da Escola de Polícia -
no 1º Congresso Brasileiro de Medicina Legal e Criminologia. O ano era 1953 e a
necessidade da criação de uma polícia de mulheres era grande, a fim de proteger
mulheres e jovens, missão que atendia as necessidades sociais da época. Dessa
forma, em 12 de maio de 1955 foi assinado o decreto 24.548, criando, na
Guarda Civil de São Paulo, o Corpo de Policiamento Especial Feminino e
foi escolhida para chefiar as mulheres, a própria Hilda de Macedo, que se
tornou a primeira comandante da polícia militar mulher. Foi a primeira Polícia
de mulheres do país e da América Latina.
Com o
passar dos anos a participação feminina na PM foi crescendo a vistos olhos em
todos país. Hoje, cerca de 10% do contingente nacional pertencem a elas que
atuam nas mais diversas áreas da corporação. O número de mulheres na
Policia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), atualmente, é de 2.923.
Somente na capital o efetivo conta com 2.224, restando em torno de 119 para a
região da Baixada Fluminense. E é nesse quadro, ainda crescente, que a
Subtenente da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Sandra Monteiro, 48 anos de
idade sendo 27 deles de PMERJ trabalha.
Soldado Jaqueline e Subtenente Sandra |
Dentro dos desafios
pesados e cheio de obstáculos enfrentados por polícias a subtenente, que é
responsável pelo diálogo do batalhão onde atua com a sociedade local, destaca a
aproximação na relação com a população como o fator mais desafiador.
No entanto, quando o
objetivo é alcançado na relação policial/comunidade, a ação da corporação é
benéfica para ambos os lados. Exemplo disso, Monteiro pontua como um momento
marcante quando, ajudou em um parto em uma comunidade próxima ao batalhão onde
atua. “Muitas emoções positivas e negativas já aconteceram, mas uma que
me marcou foi quando ajudei uma parturiente no interior de um táxi que deu a
luz a um menino, que se chamou Sandro! Foi muito bom!”
Mesmo com quase 30 anos
de serviços prestado a polícia, Sandra faz parte de um grupo ainda pequeno de
mulheres que optam por carreira. Parte das mulheres que optam
pela farda, migram para áreas fora de combate. Somente na área da saúde o
efetivo chega a 683 policiais, atuando como médicas, dentistas, psicólogas e
veterinárias.
Veja abaixo uma matéria exibida no Balanço Geral da Rede Record de Televisão, sobre as mulheres que fazem parte de corporações policiais no RJ: